PRIMEIRA PARTE

Nessa linha de pensamento e pesquisa volvi os olhos para a minha última crónica, alojada neste site (com porta aberta no meu mural do Facebook) e refresco a ideia de que as CORREIAS DE CAMPAINHAS e seus “enfeites brochados”, destinadas a embelezar o gado bovino, eram para mim autênticos pergaminhos a carecer de leitura e de esclarecimento. Eram “uma porta aberta para teses de mestrados, doutoramentos e cursos pós graduação, onde não faltará matéria antropológica, geográfica, psicológica, nobiliárquica, plebeia, comercial, industrial e profissões afins, adstritas ao povo”.
Disse também que, pastor e lavrador que fui até aos 18 anos de idade, me esforcei e suei a fazer carvão dos “tocos” da urgueira gandarinha, flor lilás, e com o dinheiro desse “ouro negro”, por mim escavado, arrancado do solo e no solo assado, naquelas covas, conchas gigantes de sopa escavadas no chão, tipo abóbada celeste invertida, tapadas, ao longo da tarefa, com lajes graníticas (que saberes esses! que técnicas essas transmitidas e aprendidas de geração em geração!) e, finda a tarefa, vender o produto, negro de fogo, fumo e suor, aos ferreiros locais e com o dinheiro comprar campainhas e pendurá-las ao pescoço da nossa vaca ROXA. Uma CORREIA de duas fiadas, com um “campainhoto” fundeiro, fundido em forma de SINO MINIATURA,
diferentemente dos demais existentes na aldeia de Cujó, minha terra natal. Aquele “campainhoto” em forma de sino, a rematar as duas fiadas de campainhas laterais, pela sua forma e posto naquele sítio, dava, desde logo, um caráter artístico, religioso e místico aquele profano ornamento bovino. (cf. link sobre texto alusivo à “Nossa Vaca Roxa”, em rodapé).
Por isso, quando me dei ao cuidado de estudar esta matéria, semelhantemente ao que fiz com outras ligadas ao campo, estudadas e publicadas, nomeadamente a distinção das vacas paivotas e arouquesas, precedendo aquelas a estas, e bem assim os “canelos” usados pelos lavradores carreteiros no gado bovino de tração, botei mão à aprendizagem “pré-liceal e pré-universitária” e não me foi difícil chegar à conclusão de que os lavradores serranos, sem letras bastantes, felizes e contentes eram com os ENFEITES visuais do gado que tinham e do timbre identificador daquilo que consideravam seu, projetando naquele metal sonoro, polido e reluzente o “ego” de cada um deles, de cada família - pai, mãe e filhos - vaidosos das suas identidades, das suas posses, teres, haveres e sensibilidade estética e religiosa. O dourado da talha barroca existente em todos os templos, nos altares-mores ou laterais, deixava esses lugares sagrados, de silêncio, e subia tilintante aos pagãos campos celtas, às serras e montes em redor.
E acrescentei que não podendo o camponês colocar uma gargantilha de pedras preciosas, ou colar de pérolas no pescoço da esposa, da amante ou da namorada, tão ao jeito das tribos castrejas de tempos longínquos, sublimava esse desejo, enfeitando o seu gado e, assim, mostrar, com afeto, brio e honra, o que o distinguia dos demais cidadãos da comunidade camponesa. Ou então, herdeiro que era de “usos, costumes e tradições”, sem sabê-lo, ele exibia uma herança remota e ignota, qual brasão da família possidente, terratenente, ex-senhorio de terras aforadas por “três vidas” lavradas em cartório de tabelião. As mesmas terras que, no desenrolar da HISTÓRIA, substituídas que foram, por novos CÓDIGOS, as caducas “ORDENACÕES” reais, passaram, por compra em hasta pública, ou remissão dos foros, aos enfiteutas que se tornaram proprietários das terras que trabalhadas foram pelos seus avoengos. O resto eram burocracias esquecidas, remetidos para os arquivos nacionais ou distritais, só conhecidos dos historiadores.
O texto escrito onde assim discorri era o complemento de um vídeo alojado no Youtube, onde mostrei os “enfeites” patentes nessas correias e fiz ouvir o timbre das campainhas que nelas faziam escala, sabedor que algumas delas saíram das fundições que, nos meados do século XX, existiam na serra do MONTEMURO e arredores, nomeadamente, na povoação das CARVALHAS, freguesia de Monteiras, no VILAR, freguesia da Ermida, em SANTARÉM, freguesia de Cabril e, do outro lado da serra, na vertente do Douro, em BUSTELO e SOUTELO, concelho de Cinfães.

Chamei a esses “enfeites” (campainhas, fivelas e rosáceas brochadas) HERÁLDICA BOVINA, e ilustrei o texto com algumas fotos, incluindo uma relativa ao brasão da FAMÍLIA ALVELOS, com “estrelas de oito pontas”, família cuja linhagem se diz remontar a D. MARTIM MONIZ e aos GASCOS de RIBA DOURO.
Apelidos, nomes e topónimos que me conduziram imediatamente ao famigerado Aio de Afonso Henriques, EGAS MONIZ - seus ascendentes e descendentes - também ele um homem de RIBA DOURO. Desta vez não para lembrar aquele seu nobre e edificante gesto que se apresentar aos pés do Rei de Leão, de corda ao pescoço, para resgatar a “palavra dada, mas não cumprida por parte do seu amo”, mas como SENHOR que foi das terras deste pedaciinho de Portugal Beirão sobre o qual incide este meu foco de luz.
SEGUNDA PARTE
Vou exemplificar. E, para tanto, boto mão ao livro “Dom Egas Moniz de Riba Douro” que exala o esforço e o suor do historiador A. de Almeida Fernandes, melhor dizendo, para não fugir ao contexto semântico do fabrico das “fivelas, rosáceas e campainhas” livro que saiu da forja, com fole, carvão e moldes de um colega que, longe dos círculos universitários, roeu, como eu, os duros ossos do ofício de Historiador. Assim:

“A parte mais ocidental do território lamecense, correspondendo às ‘terras de Arouca, Cinfães, Sanfins, etc. desde os rios Paiva e Douro até ao Montemuro já havia começado a ser povoada sob o governo de D. Teresa (com Egas Gosendes, Mem Moniz, Egas Moniz, etc.” [e já antes, em nota de rodapé, tinha feito a citação de um doc. transcrito por J.A. de Figueiredo]. Assim:
Egas Gosendes “erat dominator et princeps terra de Sancto Johanne de Cinfanes et tenebat ipsa terra de Sancto Salvatore et de Tendales, cum alia multa in suo aprestamo de mano de ilo comite dommo Enrico”.
Historiador de probidade indiscutível, a páginas tantas arrola todas as terras que, despovoadas antes, surgem povoadas como domínios de EGAS MONIZ a quem haviam sido doadas. Eis apenas algumas delas:
“(…) Lamas, Dormas, Gosende, Gosendinho, Roção (na ‘terra” de São Martinho), Lalim, Ribelas,, Magustim,, Mós,, Ferreirim,, Argeriz, Dalvares, Vila Meã, Várzea da Serra, as duas Carias, , Vila Cova (na ‘terra’ de Tarouca), Britiande, Bigorne, Ribavelide, Queimadela, Baldigem, Mezio Vale do Conde (‘terra’ de Castro de Aire)”.
Posto o que, incidindo este meu trabalho nas terras referidas, serra do Montemuro e arredores, onde não faltam solares e quintas brasonadas, temos boas e bastantes razões para associarmos a simbólica heráldica da fidalga aos enfeites” que ornamentam as correias penduradas no pescoço dos bovinos com predominância na SERRA DO MONTEMURO e arredores, como muito bem me informou em vídeo feito posteriormente, o “campainheiro” da Bodiosa, Viseu, MANUEL MONTEIRO, conhecedor das terras e das gentes que, nas redondezas, têm consumido, ao longo dos tempos, o seu produto de trabalho e venda, anos seguidos, uma vida inteira, por todas as feiras das Beiras, desde a Guarda a Arouca e de Viseu a Lamego. . (Cf. Link de vídeo alojado no Youtube, posto em rodapé deste texto)
Produto saído das fundições espalhadas pelas aldeias da serra, obra de metal fundido à força carvão, líquido metido em moldes previamente escolhidos, eis, endurecidos, dos mais diversos feitios e tamanhos, os símbolos pagãos e religiosos a passarem para as mãos do comprador camponês ou para as mãos do CORREEIRO, que trabalhava o cabedal com arte e engenho. E o cabedal curtido e feito arreio de cavalo, apeiro de lavrador ou CORREIAS enfeitadas para vacas, passou a ser sinónimo de dinheiro. Só homens de “cabedal” se podiam dar ao luxo de possuírem uma boa sela, uns bons estribos, um bom cabeção, um bom arreio, ou um apeiro completo que prendesse o olhar atento e cobiçosos de terceiros.
TERCEIRA PARTE
Para bem se entender tudo isto, as POSSES e os GOSTOS, próprios de uma comunidade camponesa, composta por “GENTE, TERRA E ANIMAIS”, comunidade agro-pastoril dedicada às ARTES SERVIS, quantas vezes obrigada era a servir, nem por isso deixar de ser GENTE e, por mais difíceis que fossem as condições do seu viver, não faltava quem sustentasse o que de bom tem a natureza humana: a honra, a vaidade e o sentido estético. Daí, tal como disse na crónica anterior, os “enfeites” dos gados assumirem o estatuto de elementos HERÁLDICOS POPULARES, livres como eram nos primórdios da nacionalidade. Assim;
“Nos primeiros séculos de existência da heráldica a adoção de brasões ou escudos era livre, e de modo geral qualquer pessoa podia criar um para uso pessoal ou familiar. Entre os séculos XIII e XIV, com efeito, os brasões se multiplicaram prodigiosamente em todos os estratos sociais, além de identificarem corporações de ofícios, estados, cidades, comunidades leigas e religiosas, irmandades, associações (…) tornando-se uma linguagem visual onipresente e muito apreciada por todos. A partir do século XV as monarquias passaram a tentar regulamentar a criação e uso de brasões através de legislação especial, objetivando restringir sua posse à nobreza e ao alto clero, às autarquias civis e instituições ilustres, mas, salvo em poucos países, essa legislação restritiva teve escasso efeito prático, continuando a serem usados pela plebe extensiva e ininterruptamente até a contemporaneidade. Mesmo assim, esse processo influenciou o desenvolvimento de uma falsa perceção da heráldica como uma prática exclusiva da aristocracia”.
Face ao que não me parece abusivo associar os elementos que dão corpo aos brasões fidalgos, pintados, feitos em tecido ou lavrados em mármore ou granito, afixados nos frontispícios dos seus solares, nas cidades, vilas e quintas, os elementos metálicos que ornamentam as CORREIAS penduradas nos pescoços dos animais que lavravam as terras donde saíam os foros pagos ao senhorio delas, medidos em alqueires, moios ou fangas.

E bem gostaria que me dissessem eu estar enganado. Que me mostrassem a diferença que há entre um PENTAGRAMA que existe no brasão das famílias nobres, v.g. CARVALHO RANGEL, de Castro Daire, e a ESTRELA fundida nas campainhas de CORREIAS de vacas, cujos nomes dos proprietários se esfumaram no tempo (Ver mais adiante a possível ligação ao MOSTEIRO DA ERMIDA). Que me mostrassem a diferença que há entre um HEXAGRAMA existente no brasão das famílias nobres, v.g. AGUILARES, de Castro Daire, e a ESTRELA que embeleza a CORREIA das vacas, cujo proprietário foi António J. Esteves, morador que foi em Fareja e cuja esposa, Senhora D. Dores entrevistei para vídeo. Que eram caras! - disse ela - nem toda a gente podia engalanar os seus gados com tais HONRAS. Que me mostrassem, dizia eu, que diferença há entre a ESTRELA DE OITOS PONTAS, com o seu múltiplo significado religioso e cósmico, existente nos brasões da família ALVELOS (estrela de Alva?) e a mesma ESTRELA que dá feitio às ROSÁCEAS que embelezam as CORREIAS das vacas, predominantemente, na Serra do Montemuro e arredores, terras de que, de Sol a Sol, durante séculos, foram senhorios os MONIZES ( ascendentes e descendentes do Aio), filhos legítimos ou naturais, como era vulgar na época.

No brasão do solar dos MENDONÇAS, em Castro Daire, no terceiro QUARTEL do ESCUDO, estão presentes QUATRO CORREIAS em diagonal com HEXAGRAMAS, semelhantemente à CORREIA que filmei e fotografei em Fareja que foi do senhor António J. Esteves.
E nesta aldeia de Fareja, minha terra adotiva, onde resido e escrevo, donde parto para as redondezas em busca de “teres, haveres e saberes populares e livrescos”, a família dos MONIZES, andava por perto, em 1258, tal qual rezam as Inquirições de D. Afonso III, assim:
“Johannis Moniz juratus dixit quodo Donna Augenia mater ejus testavit ecclesie de Castro unam hereditatem forariam Regis in termino de Farejia in loco dicitur Egregioo tempore Domini Regis Sancii frartis Regis”.
Afirmação que foi confirmado por outra testemunha. E na sequência:
“Pelagius Petri de Faregia juratos dixit quodo Petrus Moniz de Lameyras, pater ejus testavit ecclesie de Castro unam hereditatem forariam Regis in terminus de Castro in loco dicitur Lazeiras tempore istius Regis”.
Afirmação secundada por mais três testemunhas.
É isso. Discorrendo sobre esta matéria, ligada às ARTES SERVIS, jamais tratada (que eu saiba) pelos “pares do reino académico” enquadrados nas ARTES LIBERAIS, mais não pretendi do que deixar escrito um HINO DE COR E SOM à GENTE CAMPONESA e aos seus ANIMAIS - raça Paivota ou Arouquesa - companheiros de trabalho e de vida. Aqui em Fareja, o casal - Dona Maria José e senhor Fernando - casal que foi caseiro na casa em que resido, preserva em sua casa, como testemunho de vida, uma CORREIA que tilintou no pescoço das vacas que teve. Outros tempos. Outra idade. Outra saúde. Mas sempre a mesma dignidade, a mesma honra, o mesmo brilho de olhar a recair, afetivo, sobre tão significativo e valioso adereço. (cf. link de vídeo em rodapé)
QUARTA PARTE
Falar de GENTE, TERRA E ANIMAIS, é retornar aos tempos neolíticos, a TRINDADE que se manterá UNA durante séculos, até ao presente. É retornar ao princípio da nossa nacionalidade. É acompanhar a conquista, reconquista e povoamento do território. É constatar a distribuição das terras conquistadas pelas NOBREZA, CLERO E POVO. É saber que várias parcelas das terras sitas na vertente sul da serra do MONTEMURO (e arredores) integraram o COUTO DA ERMIDA, nomeadamente, CARVALHOSA, VILAR e S. JOANINHO, como deixei amplamente demonstrado no meu livro MOSTEIRO DA ERMIDA, cujos produtos pecuários, láteos - queijo e manteiga - pela sua qualidade, em meados do século XX, eram disputados pelos feirantes na feira do “Crasto”. E, à falta de documentação, quem se atreve a negar que isso se deveu aos ensinamentos remotos dos monges que, desde o século XII, desde os primórdios da nacionalidade, encontravam na serra, nas suas gentes e animais, uma segura fonte de rendimentos?
Com efeito, as Inquirições de D. Afonso III, em 1258, deixam uma pegada marcante:
Martinho João, Juiz de Moção, disse que «homines de fratribus de hermitagium Donni Roberti, que morantur in Vilar, laborant et habent hereditatem Regis, de Maura Morta, in loco qui dicitur Carvalhal de Johane, et nullum fórum faciunt Regi», daí talvez a razão da melhor manteiga de vaca provir das povoações do Vilar e da Carvalhosa e os melhores queijos provirem de S. Joaninho.

E também ser no Vilar que, no mesmo tempo, existisse uma fundição de campainhas, dessas que dão cor e som às CORREIAS DAS VACAS, as mesmas que ostentando as ESTRELAS DE CINCO, SEIS, SETE E OITO PONTAS, símbolos (alguns deles, o pentagrama e o hexagrama) que recheiam a paredes da ERMIDA DO PAIVA, naquelas SIGLAS tidas, erradamente, como assinatura dos mesteirais. As mesmas que proliferam na HERÁLDICA BOVINA. Face ao que se pode concluir que os monges da ERMIDA, alguns deles a residir no VILAR, ensinavam ao povo muito mais do que os preceitos bíblicos.
E uma campainha fundeira numa correia de vacas vimos nós com uma CRUZ e um PENTAGRAMA de fundição. Os símbolos religiosos e cósmicos davam cor e som às CORREIAS das vacas e do gado miúdo. Além de sinalizarem a sua localização entre matos, onde frequentemente se escondiam fugindo à picada do calor e do moscardo, rês que trouxesse ao pescoço uma campainha de cruz fundida, não ferrava dente o lobo. E o Mafarrico e as suas malfeitorias diabólicas não rondariam por perto. Longe andariam sempre todos predadores visíveis e invisíveis.

E se o animal se perdesse e assumisse a categoria de GADO DO VENTO, como rezam os forais, era mais facilmente identificável no curral concelhio, até ser reclamado pelos seus donos, ou, à falta deles, ser vendido e o produto da sua venda reverter para os cofres do concelho. E como muito bem me lembrou, na entrevista que fiz ao casal senhor Fernando e esposa D. Maria José, moradores em Fareja, as correias das vacas eram viradas do avesso sempre que tivessem de passar junto da casa de uma pessoa recém-falecida, chegando mesmo a pegarem-lhe uma fita preta. O luto prestado pelos habitantes da aldeia eram extensivo aos animais que possuíam.
CONCLUSÃO
O “homo urbanus” sobretudo o “homo” que rompe os fundilhos nos tecidos aveludados dos cadeirões do Terreiro do Paço (seja académico,seja político), acometido pela “cegueira” tratada magistralmente por José Saramago, não vê nada disto. E o “homo municipalis” que toma assento nas cadeiras do DOMVS concelhio, idem, idem aspas. As “ARTES SERVIS” vivas, que produzem documentos históricos, nomeadamente, as FUNDIÇÕES e os CORREIROS que, de feira em feira, vendem estes “PERGAMINHOS” metálicos, deviam ser isentos de impostos. Mas não são. Os segundos continuam a pagar o “terráguedo” que ocupam em cada feira. E os primeiros furtam a sua identidade e residência ao historiador, não vá o fiscal de Finanças bater-lhe à porta, como outrora batia o “juiz da vara branca”. (cf. o texto com este título “O homem da Vara Branca”, neste mesmo site)
Foi por tudo isto que me dei ao trabalho de nobilitar a trindade “GENTE, TERRA E AMINAIS” com destaque para a HERÁLDICA BOVINA, centrada na SERRA DO MONTEMURO e arredores.
__________________________
1- Link «Vaca Voxa» http://www.trilhos-serranos.pt/index.php/memorias/177-cujo-a-nossa-vaca-roxa.html
2- Link vídeo heráldica bovina (1) https://www.youtube.com/watch?v=7V5dfYy6V2A
3- Link vídeo heráldica bovina (2) https://www.youtube.com/watch?v=zoL-Dr39-0w