O FACEBOOK É UMA LIÇÃO
Nos meus tempos de juventude, em Cujó (já não tenho idade, nem paciência para aturar a canalha) participei numa arruada de noite, como era uso fazer-se, na aldeia. Realejo, ferrinhos e bombo (ou realejo substituído por concertina) dava-se a volta ao povo pelas ruas principais, cantava-se à desgarrada e acabava-se sempre numa taverna.
Aconteceu que, nessa noite, vinda do escuro, atirada por mão COBARDE, uma pedra acertou, em cheio, no rosto do meu irmão Zé e fez-lhe golpe tal na boca que o impediu de cear e, não me lembro bem, se podia mastigar facilmente nos dias seguintes.
Esse facto fez-me odiar a COBARDIA toda a vida. E COBARDES são todos os que se escondem no ESCURO da noite ou ESCURO do ANONIMATO, nos blogues, semelhantemente aos travestis que infestam o Facebook.
Os amigos lembram-se do texto que publiquei no meu site no dia 14 de Agosto, do ano passado, com chamada para esta página? Admitindo que se tenham esquecido aqui o reponho, pois eles andam por aí. Eles, os RAFEIROS, os TRAVESTIS, os ANÓNIMOS:
BORRADO DE MEDO
Rafeiro é rafeiro!
Ladra, arremete, ladra
Armado em valentão,
Mas, ó pernas para que vos quero,
À ameaça de pedrada,
Apanhada do chão.
Sem nome, sem coleira,
Nem chip, nem chapa
De identificação,
Vadio, ignora-se-lhe a morada
E, coitado, mostrando o rabo
Entre as pernas dobrado,
Não é estranheza
Vê-lo fugir e ladrar
Pois ladrar e fugir
É da sua natureza.
Passaram-se uns meses e, no dia 28 de Dezembro de 2013, vi o mesmo tema tratado, académica e superiormente pelo PROFESSOR CARVALHO HOMEm no seu mural, assim:
"AVISO A CIDADÃOS DECENTES
Há no Facebook vários tipos de criaturas e abundantes casos patológicos. Por exemplo, o daqueles/daquelas que criam perfis falsos para poderem insultar o próximo com total impunidade. Claro que não há fotografias indiciadoras do que quer que seja. Não se assume - ou assume-se com denodada motivação de sofisma - o nome, a profissão, o domicílio, a idade, ou seja, não se assume coisa nenhuma. Verdade seja dita que a diferença entre um caso teratológico deste jaez e a água suja de um bidé é a que vai do zero ao nulo. São estes valentaços / valentaças os que na escola primária levavam sempre uns cascudos no alto da pinha, de colegas mais fortes ou simplesmente mais ladinos. E isto, como é natural, fez-lhes definhar o bestunto. Transformou-o em água chilra. Quando cresceram, estes exemplares tiveram sempre deficiência na compreensão das matérias e foram de tal maneira vituperados que decidiram, à sorrelfa, transformar-se em campeões da imprecação gratuita. No caso de serem machos (?), estes foram os machos que as mulheres bonitas e inteligentes sempre desprezaram e que tiveram de contentar-se com o rebotalho lá da esquina da rua, o qual - com toda a probabilidade - lhe transmitiu as doenças venéreas , tanto no plano do físico, como no do ético. No caso de serem donas, estas foram as reiteradamente corneadas por namorados e maridos, sentiram-se sempre como Gatas Borralheiras sem príncipe e não puderam calçar o sapatinho de cristal porque a única coisa que puderam apresentar, quanto a membros inferiores, foi um patarral fétido e cheio de excrescências córneas, do tamanho da Torre dos Clérigos.
Agora , que tive de tratar desta matéria, vou-me desinfectar. Há miasmas que se transmitem por meio aéreo".
Ao texto deste PROFESSOR, por ver nele a minha preocupação, somei, à laia de comentário/assentimento, aquele meu texto, perguntando-lhe se o assunto tratado por si, diferia muito do meu. E ele respondeu:
"A ideia de base é rigorosamente a mesma, Caro Amigo e Prezado Colega Abílio Pereira de Carvalho. Gostei dos seus versos. Um grande abraço para Si e todos os Seus, com votos de um muito melhor 2014.
29 de Dezembro de 2013 às 13:14
É isso mesmo. O FACEBOOK É UMA LIÇÃO, quer se queira, quer não.
Nota: escrito no Facebook em 2014