Por isso, e porque assim é, sinto-me tentado a alterar a letra daquela velha e significativa canção coimbrã, que tão saudosos deixa estudantes, professores e outras pessoas que por lá passaram. Esses e não só. Eu tive um colega licenciado na Universidade de Braga que me manifestava frequentemente o seu desconforto por não ter feito o curso em Coimbra. Não é, seguramente, o meu caso, nunca pensei nisso, mas sempre pensei, isso sim, em nunca contribuir na vida, para o desprestígio dos estabelecimentos liceais que me formaram, da Universidade que me diplomou, dos professores com quem aprendi, dos companheiros e colegas de carteira, a par de tudo fazer que pudesse honrar e dignificar a minha profissão, o meu local de trabalho, a minha terra, os meus pais e familiares, e, nunca, por nunca, desiludir os amigos.
Mas que grande relambório para dizer que essa canção coimbrã diz mesmo muito a muitos que lá aprenderam, estudaram e ensinaram (lá e depois de lá) e, talvez por isso, é que me vem a tentação de lhe trocar a letra e cantar «o Facebook é uma lição».
as genuínas e espontâneas cantigas à desgarrada, tão apreciadas por feirantes, romeiros, semianalfabetos, mas com malícia e manha bastantes injetadas nos calos do corpo e da alma para descodificarem as brejeirices, as palavras de duplo sentido, usadas pelos cantadores que, no palco se opõem, divertem e fazem rir o POVÃO. E eu, que ao POVÃO pertenço, ainda rio com as criações de sabor vicentino.
E, sendo assim, os meus amigos perguntarão a razão por que o reponho hoje novamente ilustrado com partes dos folhetos de propaganda política dos candidatos que disputam o PODER LOCAL AUTÁRQUICO, em Castro Daire. Não fora eles colocarem nessa propaganda um endereço a «remeter» para esta «ágora democrática» (ou talvez nem tanto para alguns deles) e eu não estaria aqui a perder o meu tempo. Só que, pretendendo eu usar esses endereços para, como cidadão castrense, que ainda não deu aposentação à sua cidadania, dar a minha opinião, constatei que num só deles tive entrada, pois no outro, certamente por «azelhice» minha, ou «esperteza» deles, não consegui meter « «bedelho». O endereço está ali só para eles «botarem sermão», pois não se encontra lá espaço aberto para escrever uma VÍRGULA. As fotos que deixo acima são esclarecedoras. Quem assim procede, ainda está a tempo de «simplificar a PÁGINA, por forma a permitir que todos os «azelhas» como eu possam ali entrar e dar um contributo singelo, mas honesto a esta nossa DEMOCRACIA, que se quer sem CLIENTELISMO, COMPADRIO, NEPOTISMO, AMIGUISMO e outros «ismos» que que até já chegaram à TVi, via ESTRADA REAL.
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.