PRIMEIRA PARTE
A oliveira (ou o que resta dela), cuja foto ilustra estas linhas, existe num recanto da vila de CASTRO DAIRE. Velhinha, de muitos anos, com tufos de folhas verdes a mostrarem-se, a esmo, nos seus ramos (ora reparem...) bem andou o cidadão que resolveu prolongar-lhe a vida, ali, naquele recipiente, à frente da montra, em pleno espaço urbano. Ele, ou ela, desse modo, escreveu um HINO HÁ NATUREZA VIVA.
Não curei de saber a identidade do seu autor ou autora. Para quê? Mas fiz questão de fotografar o resultado do seu gesto, da sua ação (tal qual se vê) que vem a ser o verdadeiro amor à NATUREZA e à ARTE DE VIVER, a PRESERVAÇÃO VIVA deste monumento natural.
Houvesse essa ARTE E SENSIBILIDADE, em tempos idos, e ainda hoje a velha CARVALHA DO PRESÉPIO que correu mundo em postais ilustrados (ela caiu em 1987) estaria viva e, na sua base, não estaria lá uma tabuleta inox com a ASNEIRA TURISTICA/INFORMATIVA a dizer ela tinha 11,95 metros de diâmetro, como denunciei recentemente em vídeo.
Houvesse essa sensibilidade e ARTE na preservação dos CASTANHEIROS CENTENÁRIOS existentes nos limites de Fareja, esses MONUMENTOS NATURAIS, testemunhos dos primórdios da nossa nacionalidade, continuariam a ser apreciados pelas gerações futuras.
Pena é que assim não seja e que os nossos responsáveis político/culturais/turísticos deem prioridade à alimentação do PASSAREDO CANTANTE que vem, esporadicamente, espojar-se nas nossas eiras, enchendo o papo com o nosso milho e daqui abalam felizes e contentes, enquanto tais MONUMENTOS, poleiros naturais de outro passaredo CANTANTE, se vai lorcando, apodrecendo e desaparecendo do nosso PATRIMÓNIO NATURAL.
Veja-os nos links que se seguem e digam da vossa JUSTIÇA, amigos.
SEGUNDA PARTE
O FACEBOOK É UMA LIÇÃO
Tenho feito uso deste título em várias «postagens» minhas alojadas no FACEBOOK, o espaço de comunicação mais democrático que está vivo nos tempos que correm. Tenho justificado essa minha opção aludindo ao que ali vou aprendendo sobre o ser humano, desde a mais simples futilidade, à mais sofisticada e elaborada congeminação intelectual e artística, senão mesmo montagem enganadora, levando a crer ser verdadeiro, o que é rotundamente falso.
Vem isto a propósito do texto que constitui a PRIMEIRA PARTE deste meu trabalho. Alojado hoje mesmo no FACEBOOK em três páginas distintas, a saber, «AMIGOS DA NATUREZA», «CASTRO DAIRE…SEM MEDO....» e na minha própria página, imediatamente pessoa amiga, em privado e pessoalmente, me informou que a OLIVEIRA a que aludia no «post» já não estava lá. Tinha estado somente numa situação transitória. Preservada ali, mas destinada ir pregar a outra freguesia. Corri ao local e confirmei que, no espaço onde ela permaneceu e foi fotografada, estava agora uma carrinha estacionada. Convinha, pois, atualizar a informação e aqui estou eu a fazê-lo, não vá alguma língua lampeira, minha amiga de estimação, acusar-me de divulgar no mundo o que não existe.
E, de caminho, aproveito para felicitar todas e quaisquer iniciativas que se prestem a divulgar o nosso património edificado, natural, tal é o sem número de «trilhos» «itinerários» e «passeios» que ultimamente se têm levado a cabo no nosso concelho, como este, o mais recente em terras das Termas do Carvalhal. Tudo muito bem. Só tudo muito mal, quando não há cuidado para prestar informação histórica correta e, bem ao contrário, como a que consta no respetivo folheto,
À semelhança da tabuleta fixada na base da CARVALHA DO PRESÉPIO, coisas que não abonam nada à nossa terra e à nossa GENTE.
E aproveito para juntar mais um link sobe outro CASTANHEIRO CENTENÁRIO existente em BALTAR, a poucos metros da estrada que leva a Vila Pouca. É só procurar.
Link: