
Com efeito, nos «primeiros dias de Março deste ano de 1834, chegou à colónia de Moçambique a notícia da aclamação de Sua Majestade D. Maria II e os políticos locais não perderam tempo. No dia 13 amotinaram o povo, demitiram o «oitavo» governo provisório e nomearam o «nono» assim constituído: «Frei António José Maia, Major João Alexandre de Almeida, Adolfo João Pinto de Magalhães, Teodorico José de Abranches, Francisco da Costa Xavier Ferreira Nobre, que servia de secretário». (1) Governo este que só esteve ao serviço de 13 de Março a 27 de Outubro desse ano.
«Em cumprimento às ordens do Governo Provisório de Moçambique sobre a plena liberdade em que mandam ficar todos os degredados (que anteriormente se chamavam crimes políticos) e sendo Vª Sª um deste número, goza por consequência, da referida liberdade, da qual já verbalmente lhe fiz ciente. E como Vª Sª me fez ver que pretendia regressar à capital de Moçambique, por isso se aprontará para embarcar a bordo da Sumaca Inhambane que brevemente deste Porto para o da referida capital há-de sair. Ao Feitor da Fazenda Nacional e Real e ao Comandante da companhia desta guarnição a que Vª Sª pertencia na qualidade de Soldado, ordenei que lhe passasse as competentes guias de quem Vª Sª as receberá; e ao Capitão Tenente, Comandante da Expedição, também lhe fiz aviso para o receber a sue bordo. Deus Guarde a Vª Sª, Quartel da Residência em a vila de Quelimane, 30 de Maio de 1834.
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.