1 - «SINO-SAIMÃO», «SINO SEM MÃOS», «SANSOLIMÃO»
Alberto Correia, Inês Vaz e Alexandre Alves, no seu livro «Castro Daire», editado em 1986, após a leitura que fizeram das Inquirições de 1258, de cujo texto deixaram uma versão impressa nos «Anexos» desse livro, incluíram a actual povoação do Mesio, no concelho de Castro Daire, de então. Não é essa a minha opinião. Eles partiram do facto de nessas inquirições estarem nomeadas todas as aldeias do termo de Castro Daire que pagavam foros ao rei, entre elas o «Barial do Homízio». E foi esta designação que os levou ao erro cometido, no meu entender.
Dito isto, admitindo também que o «Barrial de Omizio», arredores dos Braços, tenha sido uma das terras foreiras ao rei que os «homens do Homicidium tinham e possuíam em Castro Daire, como património herdado dos seus avoengos», resta explicar o significado de uma enigmática coluna tosca de granito, sem função aparente, vestida de secular patine, naco de pelourinho que terá sido em tempos idos, resto de tronco propício a autos-de-fé, a que se juntou, certamente, em tempos posteriores, um cruzeiro com nicho de Alminhas, ambos sitos no topo de uma colina que se interpõe entre a vila de Castro Daire e a aldeia dos Braços e por onde passava, obrigatoriamente todo o transeunte que, a jusante da vila de Castro Daire, se deslocava, a pé ou a cavalo, à sede do concelho e fazia o retorno à sua aldeia aninhada na corda do rio Paiva.