Vivemos um tempo absurdo
De esquecimento, demência
Senão de medo,
Segundo apontam as sondas
Às quais devo
A avaliação que faço.
E neste nosso Portugal
Democrático
De percurso, ora certo
Ora errático,
Nunca tive
Lembrança igual
Na idade que já levo.
A verdade sucumbe à mentira
Que corre lesta e livre
Sem nó, nem laço
Dita repetidamente
Pelo feirante que vende
A banha da cobra
Que diz que dá, mas tira
(Isto é obra!)
E o escravo, o servo,
O povo, a gente
Crente
Sem memória
Delira
Frente
A quem tanto mente
De olhos postos na glória.
Não importa o esclarecimento
Importa é a vitória!
Ó que desalento!
Abílio/setembro/2015
sábado, 05 setembro 2015 20:34
Escrito por
Abílio Pereira de Carvalho
DESALENTO
Fora do aparelho propositadamente
Por razões públicas conhecidas
(Deixei-as escritas, foram lidas)
Eu ficaria muito contente
De ver o Partido Socialista
Na crista
Deste mar encapelado,
Confuso, embrulhado
Nas turbulentas ondas
Do mar de outubro.
Publicado em
Poesia

Abílio Pereira de Carvalho
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.