Trilhos Serranos

HISTÓRIA COM GENTE DENTRO

Em 2011, a propósito de um envelope recebido na Pensão Avenida, proveniente de Montalegre, com o nome de vários destinatários, escrevi uma crónica com o título «Consílio dos Semideuses». Essa crónica está disponível neste meu site «.pt» migrada que foi hoje mesmo do antigo «.com». Dela extraio o seguinte excerto:

PRIMEIRA PARTE

A oliveira (ou o que resta dela), cuja foto ilustra estas linhas, existe num recanto da vila de CASTRO DAIRE. Velhinha, de muitos anos, com tufos de folhas verdes a mostrarem-se, a esmo, nos seus ramos (ora reparem...) bem andou o cidadão que resolveu prolongar-lhe a vida, ali, naquele recipiente, à frente da montra, em pleno espaço urbano. Ele, ou ela, desse modo, escreveu um HINO HÁ NATUREZA VIVA.

GENTES DO MONTEMURO

Filho de Anabela Ramos, o batizado livro «Violência e Justiça Em Terras do Montemuro» foi dado à luz neste Ano da Graça de 1998. Tese de mestrado, com prefácio do Professor Doutor António de Oliveira, da Universidade de Coimbra, patrocinado pela Câmara municipal de Castro Daire, Governo civil de Viseu e Ministério da Cultura

A autora, espiolhando o Fundo Judicial de Castro Daire que, desde 1935, jazia inerte no Arquivo Distrital de Viseu, fez uma incursão por terras do Montemuro e arredores, passeando-se 112 anos pelos concelhos de Castro Daire, Vila Nova de Paiva, Cinfães, Rezende, Lamego, Tarouca, Armamar e Lafões. O livro custa  2.900$00 e tem a chancela da «Palimage Editores» de Viseu.

MALHAS QUE O DESTINO TECE

Ainda embrenhado na «Floresta ou Sylva» do Padre Manuel Bernardes, livro que morou, desde não se sabe quando, na minha terra natal, direi que gado, matagais, silvas, silvados, lameiros, campos lavradores e semeados, não faltavam nas redondezas. A agricultura e a pastorícias eram as atividades económicas predominantes.

POESIA POPULAR

Retomo as "décimas populares" às quais me referi há dias, desta vez para mostrar que, muito à maneira medieval das "cantigas de amigo", o poeta assumiu o papel feminino e falou como se mulher fosse. Nesta "décima" refere-se aos "três vinténs" que uma moça, contra a vontade da sua mãe, deu ao "guedelhudo" que lhe apareceu e de quem se agradou. Já em crónicas anteriores referi que os "TRÊS VINTÉNS" eram um tesouro que toda a menina e família que se prezasse "devia levar ao altar". Outros tempos....outros tempos...outros tempos. Olhem! reparei agora que repeti a expressão TRÊS VEZES!