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domingo, 31 maio 2015 13:58

PELOURINHO DE ALVA E EMBUSTES VÁRIOS

Escrito por 

Há muito que tenho denunciado publicamente o aproveitamento que determinadas ASSOCIAÇÕES regionais fazem dos dinheiros públicos em nome do DESENVOLVIMENTO e SUSTENTABILIDADE deste interior serrano. Fi-lo no meu livro «Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura» sobre o desempenho do ICA, com sede no Mezio e fi-lo questionando, fotografando e filmando a colocação de monóculos de grande alcance a serra do Montemuro e arrabaldes, (a coberto de programas ditos de «DESENVOLVIMETO») alguns dos quais foram imediatamente roubados e outros se tornaram inúteis por «embaciamento». Fi-lo denunciando o embuste de «gravuras rupestres» na Fonte da Pedra, arredores de Picão (em texto e em vídeo)  pois é tempo de, por estas bandas, se abrirem trilhos de SERIEDADE e não de OPORTUNISMOS de circunstância, pagos com dinheiros de todos nós.
1 -Fonte da PedraA carta que se segue, remetida para o correio eletrónico, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. , redigida e assinada por mim em 27 de Junho de 2011, carta que ficou sem resposta, nem esclarecimento, mostra bem a SERIEDADE de quem, por todos os meios e feitios, dispõe de dinheiros públicos e, aqui pela serra do Montemuro,  vai «ARREBANHANDO» adeptos que confundem ENTRETENIMENTO com DESENVOLVIMENTO, que confundem o PASSADO com FUTURO e, nessa escala de VALORES desenham e põem em prática PROGRAMAS que têm a MAGIA de iludir todos os que são destituídos de espírito crítico e assumem a postura do dito popular «ó Maria vai com as outras».

Atente-se no conteúdo educado da CARTA que merecia, que mais não fosse, uma resposta semelhante, mesmo que para os responsáveis da Revista dizerem que «erraram» e, portanto, não iriam persistir no ERRO por mais conveniente que ele fosse aos seus propósitos. Não responderam. Aconteceu isto em 2011, mas nunca é tarde para mostrar ao mundo quem anda nestas coisas movido pela VERDADE e quem se move por INTERESSES imediatos de caracter pessoal, de grupo ou regional.

 

2-Monóculo-Vitoreira«Abílio Pereira de Carvalho
Fareja, Largo S. João, 9
3600 – 271 CASTRO DAIRE

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www.trilhos-serranos.com

 Castro Daire, 27 de Junho de 2011
À Direcção da «MAGazine»
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1 - De posse do nº 2 da «Magazine» - Verão 2011»,  venho felicitar-vos pela iniciativa da edição, visto que, através dela, se pretende dar a conhecer este nosso interior serrano, geográfico e cultural, quase sempre ignorado, esquecido e abandonado, pelos poderes públicos e/ou pelas instituições que põem e dispõem de dinheiros públicos. 

2 - Sensível à solicitação que VV. Exas. fazem na página 3, no título «Escreva-nos», face à informação inserta na página 29, relativa a Castro Daire, onde aludem ao «56 - Pelourinho de Alva» não resisto a pedir-vos o favor de me informarem qual a fonte histórica que consultaram, qual a descrição física do pelourinho (de bola, de gaiola, etc. etc.) e o local exacto da aldeia onde ele se encontra. 

3 - Peloutinho de Alva3 – Dedicando-me, há já um bom par de anos, à investigação e divulgação da «História Local», e tendo entre mãos um estudo sobre essa aldeia, tal informação (se possível uma fotografia) muito viria a contribuir para o alargamento dos meus conhecimentos, ciente que estou de que a «História» como recentemente afirmei no meu livro «Afonso Henriques, História e Lenda», é uma disciplina em constante «fazer e refazer», basta, para tanto, que apareçam documentos novos ou novas leituras sejam feitas sobre documentos velhos.  

4 – Felicitando-vos pela qualidade da edição, pela qualidade da fotografia e papel utilizado, bem gostaria que «Magazine» também mostrasse qualidade e rigor científico, nos conteúdos históricos e culturais que veicula.

5 - A informação solicitada pode ser-me dada por mail ou, se entenderem que é útil aos VV leitores,  nas páginas da própria revista, em futura edição.

Sem outro assunto, com os melhores cumprimentos, sou

Abílio Pereira de Carvalho



NOTA: esta carta ficou sem resposta. E isso disse tudo.
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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.