Trilhos Serranos

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quinta, 01 novembro 2018 14:08

HINO À NATUREZA

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PRIMEIRA PARTE

A oliveira (ou o que resta dela), cuja foto ilustra estas linhas, existe num recanto da vila de CASTRO DAIRE. Velhinha, de muitos anos, com tufos de folhas verdes a mostrarem-se, a esmo, nos seus ramos (ora reparem...) bem andou o cidadão que resolveu prolongar-lhe a vida, ali, naquele recipiente, à frente da montra, em pleno espaço urbano. Ele, ou ela, desse modo, escreveu um HINO HÁ NATUREZA VIVA.

 

oliveira-1 -redNão curei de saber a identidade do seu autor ou autora. Para quê? Mas fiz questão de fotografar o resultado do seu gesto, da sua ação (tal qual se vê) que vem a ser o verdadeiro amor à NATUREZA e à ARTE DE VIVER, a PRESERVAÇÃO VIVA deste monumento natural.

Houvesse essa ARTE E SENSIBILIDADE, em tempos idos, e ainda hoje a velha CARVALHA DO PRESÉPIO que correu mundo em postais ilustrados (ela caiu em 1987) estaria viva e, na sua base, não estaria lá uma tabuleta inox com a ASNEIRA TURISTICA/INFORMATIVA a dizer ela tinha 11,95 metros de diâmetro, como denunciei recentemente em vídeo.

FOLHETO - REDZHouvesse essa sensibilidade e ARTE na preservação dos CASTANHEIROS CENTENÁRIOS existentes nos limites de Fareja, esses MONUMENTOS NATURAIS, testemunhos dos primórdios da nossa nacionalidade, continuariam a ser apreciados pelas gerações futuras.

Pena é que assim não seja e que os nossos responsáveis político/culturais/turísticos deem prioridade à alimentação do PASSAREDO CANTANTE que vem, esporadicamente, espojar-se nas nossas eiras, enchendo o papo com o nosso milho e daqui abalam felizes e contentes, enquanto tais MONUMENTOS, poleiros naturais de outro passaredo CANTANTE, se vai lorcando, apodrecendo e desaparecendo do nosso PATRIMÓNIO NATURAL.

Veja-os nos links que se seguem e digam da vossa JUSTIÇA, amigos.

 https://youtu.be/bRJsTKfMPZI

 https://youtu.be/CWlSknO9xXM

 https://youtu.be/ucoTimCEVKg 

 

SEGUNDA PARTE

O FACEBOOK É UMA LIÇÃO

carro-1 - REDZTenho feito uso deste título em várias «postagens» minhas alojadas no FACEBOOK, o espaço de comunicação mais democrático que está vivo nos tempos que correm. Tenho justificado essa minha opção aludindo ao que ali vou aprendendo sobre o ser humano, desde a mais simples futilidade, à mais sofisticada e elaborada congeminação intelectual e artística, senão mesmo montagem enganadora, levando a crer ser verdadeiro, o que é rotundamente falso.

Vem isto a propósito do texto que constitui a PRIMEIRA PARTE deste meu trabalho. Alojado hoje mesmo no FACEBOOK em três páginas distintas, a saber, «AMIGOS DA NATUREZA», «CASTRO DAIRE…SEM MEDO....» e na minha própria página, imediatamente pessoa amiga, em privado e pessoalmente, me informou que a OLIVEIRA a que aludia no «post» já não estava lá. Tinha estado somente numa situação transitória. Preservada ali, mas destinada ir pregar a outra freguesia. Corri ao local e confirmei que, no espaço onde ela permaneceu e foi fotografada, estava agora uma carrinha estacionada. Convinha, pois, atualizar a informação e aqui estou eu a fazê-lo, não vá alguma língua lampeira, minha amiga de estimação, acusar-me de divulgar no mundo o que não existe.

PLACA REDUZIDAE, de caminho, aproveito para felicitar todas e quaisquer iniciativas que se prestem a divulgar o nosso património edificado, natural, tal é o sem número de «trilhos» «itinerários» e «passeios» que ultimamente se têm levado a cabo no nosso concelho, como este,  o mais recente em terras das Termas do Carvalhal. Tudo muito bem. Só tudo muito mal, quando não há cuidado para prestar informação histórica correta e, bem ao contrário,  como a que consta no respetivo folheto,

À semelhança da tabuleta fixada na base da CARVALHA DO PRESÉPIO, coisas que não abonam nada à nossa terra e à nossa GENTE.

E aproveito para juntar mais um link sobe outro CASTANHEIRO CENTENÁRIO existente em BALTAR, a poucos metros da estrada que leva a Vila Pouca. É só procurar.  

Link:

  https://youtu.be/kBS0R2sQnRk

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.