Trilhos Serranos

CLÁSSICOS

Retomo o tema pois não gosto de deixar penduradas, quais molas esquecidas no estendal da roupa de aldeia serrana, ideias e factos que ocupam lugar no fio cronológico do tempo e são parte integrante da narrativa humana, seja ela carregada de aventuras e surpresas no faroeste americano, rude e selvagem, seja na mais culta e sofisticada corte de imperadores ou reis, formadores de impérios, acompanhados dos seus cavaleiros, nobres e fidalgos de folhos rendados ao peito ou nos punhos das mangas. E bem assim, nas tertúlias literárias onde, com armas diferentes, digamos revólveres diferentes, a mulher, num sítio ou noutro, num tempo ou noutro, era o alvo preferido, o bombo da festa, a pior das criaturas, ou, então, poeticamente, endeusada e dotada de inigualável formosura e objeto de desejos.

ASPÁSIA

Decorriam os anos 70 do século XX. Lá longe, no outro lado do mundo, mais propriamente na cidade de Lourenço Marques (hoje Maputo), a respirar os ares do Índico, o PROFESSOR DOUTOR HUMBERTO BAQUERO MORENO, à frente de uma alargada turma universitária, discorria eloquentemente (timbre seu) sobre PÉRICLES e o seu legado político e cultural.

CLÁSSICOS DO OESTE (2)

No apontamento que fiz sobre o tema em epígrafe falei de saloons, de bebidas, de pancadaria, murraça em barda,  tiroteio, de música e mulheres. Sonhos e ambições insondáveis de pistoleiros solitários e de famílias inteiras em busca de um palmo de terra ou impulsionadas pela febre do ouro, descoberto algures, sítio de deslumbramento e de ação e nascimento de cidades. Falei das relações entre homens e mulheres nos estábulos impregnados do cheiro a feno,  a palha, a gado e a sexo afectivo, ao natural, ou à "rapidinha" ocasional exigido à troca de alguns dólares.

...CORRER SEM DESTINO EM BUSCA DAS ORIGENS SELVAGENS ESFUMADAS NO TEMPO E NO ESPAÇO...  

Foi um fartote. De 3 a 11 de março, o canal FOX MOVIES tem estado a exibir uma série de clássicos do velho oeste que me prenderam ao écran horas consecutivas.

De posse da informação, não fosse escapar-me algum deles, procedi à gravação dos já exibidos na BOX MEO, onde estão prontos para rever. A bem dizer, sedento que estava de retornar à mocidade, mandei rifar programas e noticiários e, refastelado no sofá, voltei  aos tempos em que fui proteccionista de cinema, em TETE, lá no cu do mundo, aos tempos em que, apesar de empregado numa profissão transitória, o futuro era para mim uma incógnita, uma grande e temerária aventura. 

 HISTÓRIA VIVA

SEGUNDA PARTE

Mesmo assim, nesta SEGUNDA PARTE das minhas reflexões sobre as obras feitas no escadório, prossigo na minha lengalenga, repescando para aqui um texto que publiquei a propósito do «repuxo» que foi colocado no meio do Largo das Carrancas e julgo ser oportuno relembrar, pois,  como disse então e repito agora, aquela fonte só pode voltar a ter vida e a ser admirada, nestes tempos em que tanta gente sábia e empenhada no desenvolvimento do concelho, enche a boca PATRIMÓNIO, de TURISMO e de TURISTAS. Assim: