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sábado, 02 janeiro 2016 13:07

CASTRO DAIRE - A SANTA CASA E O SÃO PEDRO

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Quem, como eu, tem queimado as pestanas na investigação e divulgação da HISTÓRIA LOCAL, só podia regozijar-se com a iniciativa que tiveram os atuais responsáveis pela Santa Casa da Misericórdia, no sentido de deixarem, em livro, a colaboração dada às FESTAS LOCAIS de S. Pedro, integrando as MARCHAS POPULARES.


Casa-1Com prefácio assinado pelo atual Provedor, Leonel Marques Ferreira, onde explana os objetivos da obra, nomeadamente, assinalar a participação da Instituição nas «Marchas de S. Pedro» e assim  «catapultar para o futuro, o passado e o presente, fazendo-se assim a sua História», ingrato seria eu desperdiçar este naco de história que me é oferecido de mão beijada, tão acostumado que estou a ser sempre eu a mergulhar nos arquivos para dar a conhecer eventos e personagens ligadas à história local.

Folheando o livro constatámos que os seus organizadores tiveram o cuidado de remeter para o futuro fotografias bastantes alusivas aos eventos passados,Casa-2- Cópia  às quais se associam a letra a as partituras das músicas cantadas, o que é, pode dizer-se, inédito por estas bandas. Essa atitude muito facilitará o trabalho do historiador que, em tempos próximos ou longínquos, vier a completar a História da SANTA CASA, já que, parte dela, nomeadamente a que respeita aos seus primórdios, à sua fundação e percurso até ao ano de 1920, já está no livro da minha autoria editado em 1990, trabalho que me foi solicitado pelo antigo Provedor, Manuel Luciano e editado no tempo do Provedor, Jorge Ferreira Morgado.


Casa-3E vem a propósito não deixar sem reparo uma notícia saída no «JORNAL DO CENTRO» número 712, de 04/12/2015, .com assinatura de Pedro Pontes, atribuindo ERRADAMENTE o ano de 1659, como data da fundação da SANTA CASA, quando, para evitar tal erro, bastava que o articulista consultasse esse meu livro, por certo ainda e existente nos arquivos da SANTA CASA.

Pelo sim, pelo não aqui deixo a foto da capa, bem como a reprodução do artigo a que me refiro. É que, mestas coisas da História, na sua investigação e divulgação, é sempre bom impor algum rigor no que se diz e escreve.

Daí o louvor que deixo à iniciativa agora tomada, deixando em livro, o que no futuro, terá de ser levado em conta, por todo e qualquer historiador ou escrevinhador das coisas locais.

Daí o reparo que faço ao erro cometido pelo articulista, remetendo para data longínqua a fundação de uma instituição que viu o seu nascimento na última metade do século XIX, atestado com documentos escritos onde figuram as preocupações e os nomes dos protagonistas que lhe deram origem, em data certa.

Abílio/janeiro/2016

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.