Trilhos Serranos

REVOLTA DOS AGRICULTORES

Nas minhas DUAS últimas crónicas, com o título em epígrafe,  falei de LISBOA, dos seus aspetos “orográficos/topográficos, urbanísticos, rurais  e sociais” da IDADE MÉDIA e, bem assim, dos dois históricos cercos de guerra a que foi sujeita na época, seja, aquele  que teve por protagonistas AFONSO HENRIQUES e os CRUZADOS, em 1147, ano  da sua conquista aos MOUROS, seja, o cerco de 1383, que opôs o Rei de Castela e D. Leonor, ao MESTRE DE AVIS, que, ajudado pela pestelença que grassou no acampamento dos sitiantes,  veio,  na sua condição de sitiado, a ganhar a contenda e a ser o rei de PORTUGAL “D. JOÃO I”, de BOA MEMÓRIA.

Falei igualmente de SANTARÉM, das LEZÍRIAS, aquela terra que tanto encantou Almeida Garret e onde ele foi inspirar-se para escrever, como ele próprio diz, uma obra-prima de literatura, a sua ODISSEIA, isto é, “VIAGENS NA MINHA TERRA”.

REVOLTA DOS AGRICULTORES

Na minha crónica anterior, que teve como pretexto negistar  o descontentamento dos AGICULTORES, portugueses e outros, face às “políticas da PAC” e as suas pretensões explícitas de cercarem ou invadirem a capital do “mando e comando” aproveitei o momento histórico da fixação do HOMEM à terra, ao NEOLÍTICO, o salto qualitativo do RECOLETOR a PRODUTOR e, de caminho, com séculos de permeio, a CONQUISTA DE LISBOA aos mouros, em 1147, servindo-me do texto deixado por Osberno, cidadão letrado que integrava as hostes dos CRUZADOS.

REVOLTA DOS AGRICULTORES

Foi o gigante passo humano registado na cronologia da evolução do HOMEM na luta  pela sobrevivência. Fixado à terra e tirando dela parte dos alimentos,  o HOMEM deixou de ser simplesmente RECOLETOR, a depender dos frutos sazonais,  e passou decididamente a ser PRODUTOR. 

CASTRO VERDE - TERRA E GENTE (4)

No livro que dei à estampa com o título “HISTÓRIA DE UMA CONFRARIA (1677-1855), (sobejamente conhecido) a partir da página 61 exemplifico as suas funções bancárias da CONFRARIA DE S. MIGUEL, a partir dos CAPITAIS advindos das ESMOLAS dadas em espécie e, depois, converidas em DINHEIRO, nos respetivos LEILÕES feitos com “pregão” municipal  prévio, nos locais do costume, incluindo nos “montes” e terras em redondo, por forma a que a concorrência de interessados, mais fizesse render o produto leiloado.

JUSTIÇAS DA TERRA

Os atuais EXECUTIVOS MUNICIPAIS, existentes por este Portugal arriba, do Algarve ao Minho, eleitos periodicamente, por mandatos sucessivos (ou não), de acordo com a lei, (já houve tempo que, apesar de eleitos, eles se sucediam a si próprios que nem «reinóis de taifas» antes da Reconquista Cristã, nem imaginam (refiro-me, claro está,  aos que gerem o QUOTIDIANO POLÍTICO e se estão nas tintas para a HISTÓRIA e para quem gasta as pestanas a investigá-la e divulgá-la) , esses não sonham os PODERES de que estiveram investidos os seus antepassados, não pelo voto do POVO, mas pela mão de  Sua Majestade, no tempo em que  a realeza se julgava investida do DIREITO DIIVINO, semelhantemente,  se calhar, com o que acontece hoje com alguns MAGISTRADOS JUDICIAIS,  diferentemente daqueles «EDIS» que  eram nomeados e designados genericamente por JUSTIÇAS DA TERRA. Eles que  exerciam os poderes concelhios., politicos, administrativos e judiciais.