PAÍS COLORIDO E COSMOPOLITA
Mês de janeiro de mil novecentos e sessenta e um. Ali, no quarto andar do PRÉDIO MENDES, apartamento número NOVE, com entrada pela Rua Pedro Álvares Cabral, em Lourenço Marques, sou recebido pela minha irmã Elisa e pelo seu marido, Professor Berthlodo Camacho. Tinha acabado de desembarcar do “PÁTRIA”, após 18 dias e noites de baldões sobre as águas do Atlântico e do Índico, contornando o Cabo. Com ligeiras variações e atracagens costeiras, direi que segui, de perto, a rota de Vasco da Gama e dos navegadores que o precederam nestas andanças marítimas, a caminho do Oriente. Eu, lembrando aqui o passado, estava, a bem dizer, às portas do meu futuro.