SETEMBRISMO
Tempos conturbados esses, nos meados do século XIX, em que se confrontavam ideias políticas novas com ideias velhas ou ideias mais radicais do que outras e, de permeio, os bandidos e salteadores, descontentes e desertores a darem o seu contributo à desordem pública e ao medo. Todas as revoluções no mundo põem frente a frente ideais diferentes e, na oportunidade, os oportunistas, sem ideias nem valores, ou se tornam seguidistas das partes em confronto, ou então, aproveitando a confusão de indecisão e medos, bandidos e desertores, fugidos, perseguidos e presos.
Foi o caso da Revolução Liberal de 1820, entre LIBERAIS E ABSOLUTISTAS e as que lhe são subsequentes, entre liberais, uns mais do que outros. Refiro-me, aqui, ao SETEMBRISMO, que bem me faz lembrar a «guerra» ideológica e verbal travada nesta campanha eleitoral para o cargo de Presidente da República, onde não faltou sequer a defesa da «pena de morte». E eu, como todos os Portugueses em «CONFINAMENTO», dou por mim a meter o nariz no ficheiro há muito esquecido, tempo em que a pena de morte fazia parte da nossa JUSTIÇA, com veremsos mais adiante.