ENCONTROS E DESENCONTROS NAS ENCRUZILHADAS DE VIDA
Estaríamos nos anos 50 do século XX e eu rondaria os 10 anos de idade. Eram tempos do pós-guerra, de carência e racionamento em tudo quanto se comia e se gastava por este Portugal afora. Uns, para sobreviverem e outros para manterem o nível de vida que sempre tiveram.
Então, como hoje, a crise nunca é igual para todos e, nessas circunstâncias, regressando eu com o gado Touça fora, vindo dos lados do Rio Mau, encontrei pouco antes do Santo António, sentados e encostados a uns penedos, vários caçadores vindos da zona do Porto a desfazerem o seu farnel.
Escravo do tempo,
Pintor
Sem dono
Nem senhor,
O outono
Puxou
Da paleta
Pincéis e tinta
E assim
Pintou
O jardim
Que vejo
E mostro aqui.
Pintor
Sem dono
Nem senhor,
O outono
Puxou
Da paleta
Pincéis e tinta
E assim
Pintou
O jardim
Que vejo
E mostro aqui.