Trilhos Serranos

ENCONTROS E DESENCONTROS NAS ENCRUZILHADAS DE VIDA

Estaríamos nos anos 50 do século XX e eu rondaria os 10 anos de idade. Eram tempos do pós-guerra, de carência e racionamento em tudo quanto se comia e se gastava por este Portugal afora. Uns, para sobreviverem e outros para manterem o nível de vida que sempre tiveram.

Então, como hoje, a crise nunca é igual para todos e, nessas circunstâncias, regressando eu com o gado Touça fora, vindo dos lados do Rio Mau, encontrei pouco antes do Santo António, sentados e encostados a uns penedos, vários caçadores vindos da zona do Porto a desfazerem o seu farnel.

Escravo do tempo,

Pintor

Sem dono

Nem senhor,

O outono

Puxou

Da paleta

Pincéis e tinta

E assim 

Pintou

O jardim

Que vejo

E mostro aqui.

INDÚSTRIA ARTESANAL

Historiador que se preza do ofício, que valoriza o múnus que exerce, e se orgulha da sua naturalidade aldeã, não esquece o seu currículo de vida e nele, entre tantas aprendizagens e experiências pré-universitárias, estão as de pastor, moleiro, agricultor e pedreiro.

INDÚSTRIA ARTESANAL

Um ditado antigo diz-nos que «não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe», e, semelhantemente, por conveniência da narrativa,  eu associo hoje esse ditado aquele outro que nos diz «não há fome que não dê em fartura». Explicando:

Há quem, pelo nosso concelho, procure protagonismo político, social e, até, no campo da HISTÓRIA, das LETRAS e JORNALISMO busque as luzes da ribalta e encha a boca com as potencialidades TURÍSTICAS da serra do MONTEMURO e do rio PAIVA. Este rio, como é notório e público, tem andado, ultimamente, pelas “águas da amargura”. 

Os meus filhos e netos, que me fizeram uma visita recente (registo que deixei em vídeo) quiseram banhar-se neste rio, junto à PONTE DE CABAÇOS, um troço de rio que, normalmente, frequentamos e também já pus no mundo, em vídeo. Que não. Disse-lhes eu. Para bem da saúde, por enquanto, são águas a evitar.