Trilhos Serranos

«NO MINÉRIO TRABALHAVA, TRABALHAVA, TODOS GANHAVAM, SÓ EU NÃO GANHAVA NADA»

O COMENTÁRIO feito ontem pelo conterrâneo SALVADOR relativo ao meu “post” com o título “ESGOTOU-SE O FILÃO”, referindo os últimos volframistas de Cujó que lá pelo ESPINHACELO esgravatavam a vida, nomeadamente o tio LAUREANO, o tio JOÃO CAMELITO, o tio ARTUR e os MADALENAS”, comentário a que eu respondi dizendo que também me lembrava deles, acrescentando que “no meu juízo, eram pessoas humildes, mas sérias”, faz-me voltar a eles por deles reter traços comportamentais dignos de nota, para a gente nova. Assim:

HOMEGAGEM AOS MESTRES DO MALHO E BIGORNA

 Nas CINCO crónicas que escrevi e publiquei, NESTE SITE, sobre a ARTE FORJADA, em “HOMENAGEM AOS MESTRES DA FORJA, DO MALHO E DA BIGORNA”, arte que ainda resta nas janelas e varandas do casario que se estende ao longo da ESTRADA NACIONAL Nº 2, no troço urbano da nossa vila, pode ler-se numa delas:

 “SETE PÃES”

Apesar de estar avisado pelo PROFESSOR DOUTOR Moisés Espírito Santo (sociólogo, etnógrafo e etnólogo) através do alerta por ele deixado no  “Ensaio Sobre a Toponímia Antiga”, colado ao seu livro “Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa”, editado em 1988, onde diz que “para a compreensão dos nomes exigem-se conhecimentos e métodos minuciosos ligados ao trabalho de terreno e sobretudo a atenção para valores que escapam a outros profissionais. Descobrir a significação desses nomes é penetrar na lógica do “batismo dos sítios”: quais o sítios e quem lhes atribuiu o nome; a funcionalidade desses nomes; a relação dialética entre os nomes, os sítios e as pessoas que neles moram; o critério da atribuição de um nome e não de outro, as resistências à evolução ou ao desaparecimento dos nomes antigos, etc” (pp 255/256), defensor que sou da preservação dos TOPÓNIMOS pela substância histórica que transportam, atrevo-me a pisar o trilho que me leva à “QUINTA SETE PÃES”, sita ali, entre os Braços e Vale de Matos.

«POÇO DOS MOLGOS»

No meu livro “Implantação da República em Castro Daire - I” escrevi o texto que se segue com o título que achei adequado ao momento político nacional e os movimentos dos REPUBLICANOS (nacionais e locais) reagindo ao “28  DE MAIO DE 1926” que instaurou a DITADURA em Portugal. As fotos ilustrativas foram acrescentadas agora, porque só neste ano de 2020 me foi possível chegar e estudar esse troço de rio . Assim:

INSTANTÂNEO

Um instantâneo 

Oportuno

Será Poeisedon

Será Neptuno?

Ele das ondas sai

E pés na areia

Num momentâneo

Olhar, eia!

Parece-me conhecê-lo.

E a sê-lo,

Eu vos digo,

É um amigo

Visto por outro amigo

Os dois primeiros

Que comigo

Fazem os “três mosqueteiros.”

Abílio/2020