Trilhos Serranos

GRATIDÃO

O escultor Coelho Pinto

Que das pedras faz gente

(Meu amigo

De há muitos anos)

Nos seus ledos enganos

De artista

Trabalhou diligente

Uma escultura

(Está à vista)

Que, simbolicamente,

Diz ser o meu retrato

Chapado.

UMA MORTE ANUNCIADA

Há dias recebi, na minha caixa do correio analógico, um folheto azul que me deixou triste. Nele se faz eco público da má situação em que se encontra o “Notícias de Castro Daire”.Tenho acompanhado as dificuldades da imprensa regional, em geral  e quanto a PANDEMIA veio agravar a situação.  Como já me encontrava «desvinculado» desse órgão de comunicação local, aqui deixo as razões  da minha tristeza em correspondência trocada com o atual Diretor, Marco Lacerda, de quem sou amigo e cuja família muito estimo.

CONVENIENTES E INCONVENIENTES DO CORONAVÍRUS

Como cidadão que se preza de cumprir os seus deveres e obrigações, nomeadamente as tributárias, ponho em igual pé, que os meus direitos sejam respeitados, nesta minha cívica relação entre governantes e governados.

ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL

No meu livro “CUJÓ, UMA TERRA DE RIBA-PAIVA” existe um capítulo sobre a indústria moageira tradicional, com referência a todos os moinhos hidráulicos existentes ao longo dos rios Calvo e do rio Mau, mas também a referência à MOAGEM que, por falta de água nos rios, levou o meu pai, Salvador de Carvalho, de parceria com os Tibérios (os Teixeiras) a instalá-la por forma a que nela os cereais fossem transformados em farinha. O meu pai fornecia as instalações, as mós, o correame e mais apetrechos e  os Tibérios o motor da sua malhadeira, primeira e única na povoação, nessa altura.

RELÓGIOS DE CORDA

Abandonados,

Pelos cantos das casas esquecidos

Descartados,

Sem corda, parados

Sem ninguém lhes ligar pevide,

(Que mal agradecidos!),

Eis que chegou a Covide

E fechou todo o mundo em casa

Lembrando tempos idos. (ver mais)