O companhêro e companhêra ainda tém fôlego para prosseguirmos, ou já sufocaram? Respirem fundo. Nã há pressa nenhuma. Lembrem-se que estamos no Alentejo, em São Marcos de Ataboêra, concelho de Castro Verde e decorre o ano de 1867. E, por aqui, nã ter pressa é uma atitude inteligente e nã um sintoma de preguiça. Lêmbrem-se que, nos meados do século XIX, nã há telenovelas, Internet, Facebook, telemóveis e e toda a «manicaria» diabólica que conhecemos em 2016. Lêmbrem-se de que estamos na companhia do tabelião João António Figuêra, bota canelêra, pêna de pato na mão, e da menina Perpetua Joaquina Carlado, grande saia rodada, apertada na cintura, com o testamento quase lavrado.