Trilhos Serranos

TABACO = ERVA-SANTA

No meu livro «Julgamento», editado em 2000, «romance histórico» no qual entrelaço a história documentada com a ficção, fazendo uso de um livro onde eram registadas as «entradas» e «saídas» dos presos na Cadeia Comarcã de Castro Daire, deixei escrito o seguinte:

PATRIMÓNIO MATERIAL E IMATERIAL

Julgo não ser novidade para alguém esta minha ligação à terra e, por conseguinte, à Natureza. Daí as minhas «CONVERSAS EM ANDAMENTO» alojadas no YOUTUBE, aqueles registos em vídeo que vou fazendo por matas, montes e barrancos, a falar de árvores (e com árvores) de plantas, de azevinhos, carvalhedos, urgueiras, giestais e a comparar a vestimenta que cobre a serra do Montemuro, nos meses de maio de cada ano, com uma dalmática de clérigo ou casaca e jaqueta de toureiro.  E alojados no Youtube estão também os vídeos que fiz com as minhas netinhas a colher as batatas granjeadas no canteiro do meu pátio, ali, onde a avó MAFALDA, professora e artista, que lidava com pinceis e cores, aguarelas e lápis de cera, lápis de carvão e fixador, como mostrei recentemente em vídeo - um tributo meu merecido e devido -  não hesitava em estragar o verniz das unhas e, da mesma terra, tirar a salsa e os coentros e demais plantas ornamentais ou de cozinha. Nós e a natureza. Isto muito antes de entrarem em moda as «hortas de Lisboa e arrabaldes», esse  novel e louvável projeto posto em prática por antropólogos, sociólogos, psicólogos, historiadores e paisagistas urbanos, com valor patrimonial bastante para entrar nos programas radiofónicos e televisivos. Basta estar atento e vivo.

CORTE DE ÁRVORES

NEM PENSAR

Os meus “posts” anteriores atestam a prioridade e o valor que dei à leitura e comentários que me mereceram os livros de Delfim Ferreira da Silva, da Moita, concelho de Castro Daire, com o título «PAIXÕES, SENTIMENTOS E VERDADES» e o livro de José F. Colaço Guerreiro, do concelho de de Castro Verde, com o título “DESCANTES”, seguidos do livro da «DÉCIMA SECÇÃO DE CONSERVAÇÃO DA DIRECÇÃO DE ESTRADAS DO DISTRITO DE VISEU». de 1929 A 1940, sendo chefe da Conservação Mário Rodrigues dos Santos. Todos eles lidos e COMENTADOS com prazer, neste meu exercício de cidadania, em prol da informação, da CULTURA e BEM COMUM. Feito isso, retormo ao tema que ficou suspenso ligado ao DERRUBE das árvores no ex-PARQUE JAE no alto de Farejinhas. Assim:

«DESCANTES»

É incontornável. Já o escrevi algures e volto aqui a fazê-lo. Sempre que me lembro do começo da minha amizade com o DR. JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO, dou por mim, há muitos anos, naquele cruzamento de ruas, em Castro Verde, onde, numa das esquinas, ficava a oficina do alfaiate TERLICA, nosso amigo comum, homem vivido e conversador, com quem, na sua loja e fora dela, com a tesoura em descanso (e às vezes não), trocávamos impressões interessantíssimas sobre as encruzilhadas da vida. Caminhos andados e os caminhos almejados do porvir.

DELFIM FERREIRA DA SILVA

Agradável surpresa. Em 2018 desloquei-me à aldeia da Moita, concelho de Castro Daire, a casa do senhor Delfim Ferreira da Silva. Tínhamos falado pessoalmente na vila, a propósito de PATRIMÓNIO histórico e divagado sobre poesia. E disse-me que possuía em sua casa muito material recolhido relacionado com a vida do seu tempo, do tempo dos seus pais e avós dos nossos avós.