Trilhos Serranos

O NOSSO PATRIMÓNIO E OS SEUS TRATOS

Classificado «monumento nacional» por decreto nº 23.122 de 11-10-1933, (Alberto Correia, in «Castro Daire, Roteiro Turístico»,1987), o Pelourinho de Alva, vá lá saber-se quando, por quê e por quem, foi retirado do lugar público arejado onde se encontrava,  deixando de ser o símbolo da JUSTIÇA e da MUNICIPALIDADE, para ser metido num  curral a servir de suporte a uma trave de sobrado, numa casa em Souto de Alva. Prisioneiro e condenado a viver no escuro (nos pelourinhos, antes deles passaram à fase simbólica da Justiça, eram presos e expostos os delinquentes sociais,ao ar livre, em plena luz do dia) ali permaneceu durante décadas no escuro até ao momento em que foi resgatado v.g. no p.p. dia 22-11-2016.

A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS

Tenho vindo a referir as minhas relações afetivas e utilitárias com esta rodovia que, ao longo de séculos, não só mudou de nome, mas também, aqui ou além, foi sujeita a acrescentos e pequenos desvios nos seus elos de ligação ao seu longo percurso CHAVES-FARO.

Artéria principal a rasgar o país de cabo a rabo, os topógrafos modernos, com toda a parafernália de equipamentos ligados à profissão, nunca se desviaram muito das linhas traçadas pelos romanos que, cosendo a Península Ibérica nas mais diversas direções, deram substância à expressão "todos os caminhos vão dar a Roma"  com a qual abri o  QUINTO APONTAMENTO.

A ECONOMIA, OS AFETOS, AS PESSOAS E OS POVOS

No último apontamento mostrei a minha relação afetiva com esta via rodoviária que liga Portugal de lés a lés no sentido longitudinal: CHAVES-FARO. Referi os quilómetros que, há anos, rodei sobre ela vencendo a distância que separa Castro Verde/Castro Daire e vice-versa, ao volante da minha carrinha Citroen Dyane. Ilustrei o texto com uma foto  tirada num momento de pausa, à sombra de um sobreiro no Alentejo. Eram os meus filhos mais bebés do que são hoje os filhos deles: os meus netos.

OPOSIÇÃO À DITADURA

No texto que escrevi com o título «AMOR EM TEMPO DE GUERRA» cujo protagonista foi Aurélio Alexandre Pinto, um militar integrado no «CORPO EXPEDICIONÁRIO DE MOÇAMBIQUE» na última «GRANDE GUERRA» disse que ele pertencia a uma família grada de Castro Daire. Grada e politicamente envolvida na vida pública, antes e depois do 25 de Abril de 1974. 

OS ARES DO ÍNDICO

Natural de Castro Daire, Aurélio Alexandre Pinto integrou o «CORPO EXPEDICIONÁRIO» que, na "«SEGUNDA GRANDE GUERRA" embarcou para Moçambique. Esteve em Lourenço Marques e dali navegou para  «NOVA GOA, ÍNDIA PORTUGUESA»,  terras donde escreveu assiduamente para a família. São cartas dirigidas  à sua  MADRINHA e também sua MÃE, com a datas de  1940 a 1946