Trilhos Serranos

TRANSFORMA-SE O HERDADOR NA COUSA HERDADA -  VIII  (CONTINUADO) (cf. site antigo)

Mas acerca da legitimidade dos colonizadores fazerem guerra, ocuparem e colonizarem os índios da América, Frei Francisco de Vitória, em 1538 ou 1539, levanta a sua voz para dizer coisa bem diferente:

DECISÕES MUNICIPAIS IRREVERSÍVEIS

Não faltará por aí quem pense que as CIÊNCIAS SOCIAIS, entre as quais se encontra a HISTÓRIA, são ciências de escalão inferior,  face às ditas (e erradamente classificadas)  CIÊNCIAS EXATAS, essas que metem números, somas, multiplicações, divisões e o diabo a sete.  Que a HISTÓRIA e outras disciplinas afins estão a perder terreno nos programas educativos, pois em tempo de NOVAS TECNOLOGIAS, de computadores, telemóveis e quejandos de que serve ao estudante enfronhar-se no conhecimento do PASSADO, esse que só a HISTÓRIA pode trazer ao PRESENTE e mostrar ao HOMEM as suas GLÓRIAS e as suas MISÉRIAS,  por forma a orgulhar-se de umas e envergonhar-se das outras, desde que esteja disposto a acertar o passo na marcha dos tempos e atingir a performance de pessoa educada e civilizada no seio da comunidade em que vive e que herdou dos seus antepassados?  

REQUALIFICAÇÃO URBANA

Um amigo meu facebookiano -  o espanhol Juan José Garrido Adan -   que, há meia dúzia de meses, conheci ocasionalmente a visitar o Museu Municipal de Castro Daire, fez o seguinte comentário à última foto que postei, em 18 de março de 2012 (vinda agora à superfície das  MEMÓRIAS),  sobre o Jardim Público de CASTRO DAIRE, em dois tempos: o «passado» e o «presente». Escreveu ele:

HISTÓRIA VIVA -7

Se vai a caminho da igreja

Na Rua de S. Benedito

Antes de chegar ao fim

Olhe  e veja

O que ninguém viu

Nem foi dito

Antes de mim:

No muro da brasonada

Casa Aguilar

(É só olhar!)

Aparece a amuralhada

Sombra do crasto

Que em Castro  existiu

E, sem deixar rasto,

O tempo engoliu.

SAGRADA FAMÍLIA 

Em menino, não sei bem precisar a idade, fui atacado por uma espécie de eczema atrás de uma das orelhas que me incomodada sobremaneira. Um vermelhão com pontos brancos era a parte visível e os seus efeitos uma comichão dos diabos.

O meu pai era entendido em coisas de medicina e não atinava com os pós e as pomadas que, ao tempo, estariam disponíveis nas boticas, certamente. Não acreditando ele em rezas, benzeduras e mezinhas, caseiras, a minha mãe, à socapa, levou-me à tia Rosa Abadinha, especializada nesses saberes tradicionais e à minha tia Leonor (casada com o meu tio João Beioco) que, tanto quanto é da minha lembrança, fez uma cercadura em torno da zona afetada com tinta azul E disse as palavras mágicas do costume, certamente com padre-nossos e ave-marias, pelo meio. Mas o mal não passou e eu continuava com o meu sofrimento. Nem queiram saber o que uma criança sofre quando um mal desse o ataca e logo atrás de uma orelha