TETE-CHICOA (1) FORMATADO
Quando decorre a GUERRA NA EUROPA, e os ucranianos dão mostras de serem uns autènticos heróis e patriotas, a baterem-se, com unhas e dentes, em defesa da terra natal, lembro-me de daqueles nossos «heróis e patriotas» (às vezes mais aventureiros e oportunistas) que também dão corpo à nossa HISTÓRIA. Já em crónicas anteriores, neste mesmo espaço, me referi a Chicoa, terras de Tete, aludindo à minha estada lá, na condição de funcionário dos CTT, naquela frigideira de Moçambique.
Foi quando eu tinha 22 anos de idade. Mas hoje, com mais 60 dobrados em cima deles, retorno lá na companhia de Henrique Galvão, um dos PORTUGUESES esquecidos, melhor direi, somente conhecido por ter assaltado o SANTA MARIA e ter desviado um AVIÃO, sobrevoado Lisboa, mostrando não estar de acordo com a política do Salazar.
Para o ter por companhia, tenho de botar mão ao «fascículo nº 14» da sua «RONDA DE ÁFRICA», edição do «Jornal de Notícias». Já historiei a vida do «Geraldo, sem Pavor», aquele guarda-fios que foi pioneiro, o primeiro funcionário dos CTT a instalar um telefone na Chicoa, o mesmo que eu iria substituir muitos anos depois. Isto, certamente para agrado de todos os que, pioneiros, patriotas e heróis ou aventureiros, por ali gastaram a sola das botas e sentiram a urticária do feijão-macado. Assim: