Trilhos Serranos

MARIA PEREIRA DE CARVALHO

A FAMÍLIA

Finou-se a primeira

Da prole a que pertenço eu,

Morreu

A Maria Pereira.

Ela, a mais velha

Filha de Salvador de Carvalho

E esposa, os nossos pais.

TEMPO E MODA

 

Coisas de moda!

O mundo roda

E as calças rasgadas

De outrora

(Sinal de pobreza!)

Eram remendadas

Pois mal parecia,

Usá-las noite e dia,

Rotas, esfarrapadas.

«COMÉRCIO SERRANO»

As povoações trabalhadoras, quer viventes nos meios urbanos quer nos meios rurais, cedo tomaram consciência, individual e coletiva, de que as FEIRAS eram a melhor oportunidade para venderam os produtos que produziam em excesso e para adquirirem os que lhes faziam falta nos seus místeres. E os nossos primeiros reis, no sentido de desenvolverem o COMÉRCIO e cobrarem impostos, logo se mostraram pródigos a fundá-las, ainda que algumas delas tivessem o estatuto de FEIRAS FRANCAS isentas de impostos.

BOTÃO CAÍDO

BOTÃO COSIDO

INQUIRIÇÕES DE 1258 E «MEMÓRIAS PAROQUAIS DE 1758»

 Já não é a primeira vez que no decurso deste meu trabalho tenho recorrido às «pegadas» deixadas em verso por Carlos Mendonça. O herdeiro mais novo do SOLAR DOS MENDONÇAS, onde atualmente funciona o Centro de Interpretação do Montemuro e Paiva, em boa hora adquirido pelo Município. Foi um castrense que emigrado para o Brasil, com visitas intermitentes ao torrão natal, deixou mais informação histórica sobre o concelho do que muitos naturais que, por cá ficando, romperam a sola dos sapatos nos passeios da vila, ou os fundilhos das calças nas cadeiras dos cafés, ou ainda nas cadeiras institucionais do poder político e cultural. Infelizmente. Este cidadão no seu périplo por terras do concelho, depois de ter falado de Alva, diz em QUADRA: