Trilhos Serranos

JOGOS FLORAIS EM 1947

Em 1995 tive a felicidade de me encontrar em Castro Daire com José Augusto da Silva Freitas, natural de Vila Seca, a residir em Coimbra, um velho amigo do meu pai, Salvador de Carvalho, desde os tempos em que trabalhava na Câmara Municipal de Castro Daire.

Fiel leitor das minhas publicações no “Notícias de Daire Daire”, fruto das minhas investigações sobre a HISTÓRIA LOCAL, no primeiro encontro pessoal que tivemos, logo se prontificou a fornecer-me fotocópia de algum material que possuía nos seus arquivos, sempre dignos de divulgação e conhecimento.

Com efeito, em 27 de março de 1995, entrou na minha caixa do correio um volumoso envelope com esse material, acompanhado de uma amistosa missiva onde ele se penitenciava do atraso que tivera em satisfazer a sua oferta.

O “CAROCHAS”

Década 60 do século XX. Um professor. Um pedagogo. Um cientista, docente no “Externato Marques Agostinho”, em Lourenço Marques, Moçambique. Ali, no Largo “Heróis de Mocava”, largo em forma de “U”, de boca aberta para a Avenida Pinheiro Chagas, toda ela uma reta urbana com cerca de 5 Km de ponta a ponta. Ali, naquela cidade das acácias, poleiro certo e seguro de centenas de cigarras, sempre ocupadas na sua estridente, mas nunca irritante, cigarrela. Cigarras, uma orquestra de violas, violinos e guitarras, maestrinas à disposição do passante, em tempo constante, noite e dia, naquela terra distante onde deixei anos de vida.

NOSSAS TERRAS E NOSSAS GENTES

No dia 10 de fevereiro de 2017, num texto que escrevi e coloquei “on line”, neste meu espaço, deixei o parágrafo que se segue:

Lá mais ao fundo, as Covelinhas (=Santa Margarida, como demonstrei em estudo específico) e a seguir os Mortolgos, nome próximo de "MORTÓRIO=FOGO MORTO" que significa "casal desabitado, reduzido a matos e sem cultura", tudo a lembrar o abandono e a MORTE, sítios a recordarem a grande batalha ocorrida naquele monte onde se levantou um cruzeiro gigante, em 1940”. 

Referia-me ao MONTE DA CABEÇA sobranceiro a Lamelas, aos Braços e não muito longe de Vila Pouca.

ÇEDILHA




Escrever “çedilha” com a dita

É um erro flagrante

Escrever “força” sem cedilha

Não é coisa semelhante

Nem é coisa bonita,

É enforcar num instante

O burro, a albarda e a “çilha”.

DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

No dia cinco p.p. escrevi e publiquei no meu mural e no mural de DOUTOR Amadeu Carvalho Homem, Professor jubilado da Universidade de Coimbra, “LITERATURA E POESIA”, um texto relativo ao MOSTAJEIRO que existe no meu quintal, plantado por mim, trazido da Serra da Nave, ainda pequenino.

Chegado à idade adulta, com a idade das minhas duas netas MAFALDA e MARTA, cujas iniciais estão gravadas no troco, já me prendou com os seus frutos em anos passados, , mas nunca o vi tão florido, vestido de branco, como este ano de 2023. Daí se tornar notícia e eu o associar à roca de linho da minha mãe. E tudo o mais que se segue, tal qual: