PRAXES ACADÉMICAS
A saga das "praxes" continua no carril do " soma e segue", expressão que um amigo meu (já falecido) traduzia, em linguagem popular, por "rompe e rasga, sempre em frente".
Ontem OUVI e VI nas televisões (situação que, contra a vontade dos gramáticos, pode legitimar o particípio OUVISTO, no caminho EVOLUTIVO da Língua), ouvi e vi, simultaneamente, dizia, uma senhora falar da morte do seu filho, convencida que ela ocorreu numa situação de PRAXE, essa coisa ESTÚPIDA que encontra defensores por esse país abaixo e arriba, quase todos fincando os seus argumentos nas TRADIÇÕES ACADÉMICAS.
A saga das "praxes" continua no carril do " soma e segue", expressão que um amigo meu (já falecido) traduzia, em linguagem popular, por "rompe e rasga, sempre em frente".
Ontem OUVI e VI nas televisões (situação que, contra a vontade dos gramáticos, pode legitimar o particípio OUVISTO, no caminho EVOLUTIVO da Língua), ouvi e vi, simultaneamente, dizia, uma senhora falar da morte do seu filho, convencida que ela ocorreu numa situação de PRAXE, essa coisa ESTÚPIDA que encontra defensores por esse país abaixo e arriba, quase todos fincando os seus argumentos nas TRADIÇÕES ACADÉMICAS.
Lino Menezes, um homem ligado ao teatro, actor e encenador que foi das «Giestas do Montemuro» tem vindo a publicar no seu mural do Facebook algumas fotos das peças que foram levadas a palco nos anos 90 do século XX.. Como eu assisti a algumas e escrevi sobre elas , aqui deixo cronica que publiquei, em 1993, no «Notícias de Castro Daire». As fotos que a ilustram foram extraídas do mural de Lino Menezes e creio não se relacionarem com o drama. Mas, «quem não tem cão, caça com gato». Nesse tempo não era qualquer bicho careta que andava por aí com câmara fotográfica integrada nos telemóveis a registar os eventos culturais da terra. A fotografia era feita com letras, em crónicas, como esta.
Há dias uma pessoa amiga que, pelos vistos, se quer dedicar à investigação no concelho, atitude digna de louvar, veio ter comigo a perguntar-me se eu já tinha escrito algo sobre a «história» da «Radio Limite» de Castro Daire, uma vez que vira no meu "curriculum vitae" a minha colaboração naquela Rádio e Presidente que fui da Assembleia Geral. Que não. Não tinha historiado essa instituição. Remeti-a para o senhor António Gonçalves, um dos seus fundadores nos tempos das RÁDIOS PIRATAS, seu locutor durante anos e eu iria ver o que tinha escrito, publicado no «Notícias de Castro Daire» e guardado nos meus arquivos. O «disco rígido» do velho CP, talvez mantivesse algo em memória. E manteve mesmo. Aqui vai a crónica publicada em 1991.
Lá longe...em Moçambique, na cidade de Lourenço Marques (hoje Maputo) numa das aulas de Literatura Portuguesa, analisando um poema de Reinaldo Ferreira (filho) guardei para toda a vida a opinião do meu professor, Dr. Francisco Cristóvão Ricardo: "só este poema faz de Reinaldo Ferreira um poeta". E acrescentava que, para se ter essa categoria, não era preciso escrever muito: "um simples poema valia por um livro inteiro".
Corre o mundo seu fadário
No fio do tempo rolando
A Língua foi-se mudando
Dicionário após dicionário.