Trilhos Serranos

DR. PIO CERDEIRA D' OLIVEIRA FIGUEIREDO

Quando cheguei a Castro Daire, meu concelho de origem, retornado de África em 1976 e do Alentejo, em 1983, ignorando, por completo, a HISTÓRIA LOCAL, mas sabedor de ter havido na vila uma TIPOGRAFIA, onde tinham sido impressos vários periódicos com títulos diversos e presumindo que as suas páginas me dariam informações precisosas sobre tempos idos,  pus os pés a caminho e bati de porta em porta à procura dos exemplares que, por ventura, tivessem sobrevivido à voracidade do tempo graças ao zelo dos leitores e/ou assimantes.

A PROPÓSITO DO ABORTO E DA  EUTANÁSIA

 ROMARIA DOS REMÉDIOS EM LAMEGO

No ano de 2005, com 66 anos contados, fazendo uma incursão aos porões da memória, trouxe ao tombadilho do momento a minha ida à romaria da Nossa Senhora dos Remédios, naquela cidade, por volta dos meus 10/11 anos de idade. Essa lembrança é hoje revista à luz da experiência e conhecimentos adquiridos ao longo de mais meio século de vida em cima.

Estaríamos em 1950, mês de Setembro, e, afoito na companhia dos mais velhos, aí vamos todos a pé, os rapazes descalços ou de alpargatas e as raparigas tamanquinhas na cabeça para chegarem inteiras ao destino, um bom par de quilómetros em carreiros, atalhos, montes e vales que separam a minha aldeia da cidade dos bispos, aquela onde fica o Convento das Chagas, que até ali estendia os seus domínios de terras e de foros.

NOTABLE  PEOPLE

 

Mesmo que notável não seja

Entre os notáveis eu figuro

E bem sinto quanta inveja

Isso trouxe ao mundo escuro.

SERÕES CULTURAIS

Do opúsculo que tratei na minha crónica anterior, editado pela Câmara Municipal de S. Pedro do Sul, em 2008, que me foi emprestado, neste ano de 2022, pela jovem Luana Cardoso, natural de S. Martinho das Moitas, o miolo comporta alguns “Contos e Lendas” recolhidos na área geográfica daquele concelho.

Ora, para além das páginas que dele fotografei e já publiquei, neste meu site, achei interessante fotografar mais duas, aquelas que se seguem, pelas razões que os meus leitores/seguidores facilmente compreenderão.

LENDAS E CONTOS

Como o tempo voa. No afastado ano de 2004 coloquei no mundo o livro “Lendas de Cá, Coisas do Além” (edição de autor), cujo conteúdo proveio da recolha feita durante as minhas investigações no terreno, associado ao contributo dos meus alunos que envolvi na tarefa de recolherem junto de avós, pais e tios, parentela e conhecidos, tudo o que eles relatavam em conversas ocasionais ou que tinham ouvido contar pelos mais velhos, nos prolongados serões que se faziam à lareira. Aqui na serra, onde a LITERATURA ORAL ERA RAINHA.